26 agosto 2011

InFeLizMenTe

Compartilhandoo um pequeno texto, de grande verdade!

"Como manter o amor por alguém se o que sustenta a paixão é a dificuldade, a distância, a eterna marca de algo que não se tem?

Para dar essa difícil resposta talvez devêssemos pensar que nossa dor é mais profunda. Não se trata de recuperar algo que se perdeu ou de ganhar algo que nos falta, mas perceber o amor como um encontro com aquilo que nunca tivemos nem nunca teremos, aquilo que nos é impossível, aquilo que faz da vida e do outro um mistério absurdo e inalcançável. Só essa sombra permite o encanto, a paixão.

Uma tarefa árdua. Estamos acostumados a ver e a medir as pessoas à nossa volta pela sua imagem, pela sua aparência, por aquilo que elas nos teriam para nos completar, por aquilo que seria claro e racional. Ela é rica, ele é alto, ela é medrosa, ele é sem-vergonha, ela é interesseira: como anulamos imediatamente o amor ao tentarmos, o tempo todo, enquadrar a pessoa desejada dentro de uma determinada categoria. Quanto as psicologias nos ajudam nesse vício com as suas classificações e receitas.

Parece que morremos de medo de amar. Amar exige que nos mantenhamos na incerteza, na surpresa, no acidente, na incompletude. Precisamos olhar para o outro e não vê-lo, enxergá-lo como um fantasma. Alguém que nunca possuiremos, alguém que nos escapa permanentemente, uma pessoa que desde o princípio estamos condenados a perder, um mortal.

O amor talvez exija alguém que possua a coragem de seguir amando sem o medo de não ser amado, alguém que não tema caminhar no desconhecido. Como no verso do poeta Drummond, alguém que saiba amar depois de perder. Alguém que suporte a angústia de não se deixar enquadrar em nenhum lugar imaginário e que, assim, permita a quem está ao seu lado a possibilidade viver a experiência rara de amar."

22 agosto 2011

CoMpLetO

"Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania, depende de quando e como você me vê passar."

Dizem que pensar em sí mesmo, na maioria das vezes é egoísmo. E que pensar nos outros é sinal de compaixão. Neste caso, chego a seguinte pergunta: Pensar em mim, não é sinal de compaixão comigo mesma??

"se bastar" não é algo relativo a questão de "sou auto-suficiente".
Isso sim é egoismo. Podemos muito bem, nos bastar com nossa própria cia, e precisar dos outros, que aliás no meu ponto de vista, são os "outros" que me torna o que sou hoje, cada um contribuiu para um pensamento, cada um contribuiu para uma mudança, uma melhoria.
Percebi que devemos manter por perto pessoas que nos acrescentam algo, que nos fazem bem. Algumas delas, na maioria das vezes não tem a mesma consideração. E dai? O que você pode fazer? NADA.
Não acho que ações não devam ser correspondidas da mesma forma, de maneira esperada.
Não é regra que "não demostrar é não sentir".

Contudo só acho que a vida é feita disso, daquilo, do outro, do desconhecido.
Isso gera uma adrenalina pensante, gera questões e dúvidas, e acho que isso é ser HUMANO, mistura de desejos e emoções. Elas não precisam ser definidas. Elas só precisam existir.

Seja você o melhor para você mesmo. Sugue do outro que achar bom.
Seja completo para você mesmo, porque você é a pessoa que convive consigo mesmo 24 hrs do dia, sendo assim, porque se bastar para alguém???

Camila Montino

18 agosto 2011

Sem perder a alma


Compartilho com vocês o trecho de um livro "Sem perder a alma"


“Aprendi a valorizar a fidelidade como uma virtude raríssima; sei ser grato pela mão estendida, sinto-me endividado pelo amor gratuito.”

“Viver me enche de entusiasmo. Não tento mais matar o tempo. Quero sorver a vida com tudo o que ela tiver de bom e de ruim. Como um colecionador de borboletas, procurarei guardar, daqui para frente, todos os meus momentos em estojo de cristal”.

“Amar requer coragem (...) Para que o amor aconteça, as gaiolas devem ser abertas, os cadeados destravados e os caminhos liberados.”

“A grandeza de uma causa não é determinada pelo que seus seguidores ganham ao segui-la, mas pelo preço que estão dispostos a pagar por ela.”

“A gente acaba aprendendo a disfarçar as angústias mais profundas. Bastam algumas sessões fotográficas para o desenho da boca não denunciar qualquer dor e os olhos deixarem de ser janelas da alma.”

“Sinto que Deus ainda vive no sonho das crianças; ainda habita onde reside a musa do poeta; ainda se revela no desejo do profeta; ainda se move além do horizonte utópico do guerreiro.”

“Minha saudade é incontrolável; sabota os fossos mais resistentes do coração. Faz metáfora do tudo; busca trazer à tona a vida submergida.”

“Quando parecer melancólico, com um olhar triste, não se espante. Estou com saudade”.

“...aprendi que a maioria das pessoas não teme morrer, mas se apavora em não saber viver.”

“Não adianta querer sonhar a mesma coisa duas noites seguidas. O sexo de ontem não será igual ao de amanhã. A onda do mar nunca retorna como era; o rio morre a cada instante.”

“A beleza das cores, o prazer do vinho, a alegria do amor têm data marcada para terminar. A vida é efêmera.”

“Sem porto para atracar, faço da vida um sempre por navegar, pois viver não é preciso.”

“A felicidade só tem permanência da memória, somos felizes à medida que guardamos o que um dia nos marcou. Não passa de cheiros que lembram pessoas e lugares inesquecíveis; é um de já vu que ressuscita eventos submersos.”

“O próximo tanto pode ser fonte de alegria, como de frustrações. Quem tenta isolar-se para não passar decepções, empobrece.”

“Todos devem ansiar por amabilidade. Por isso, devem ser menos empreendedores e mais sensíveis, menos paladinos e mais solícitos.”

“Amizades superficiais são mais danosas para o espírito do que inimizades explícitas.”

“O poder nos torna arrogantes, frios, duros e inclementes. Somente a fragilidade nos torna dóceis, amáveis e de fácil relacionamento.”

“Quem tenta blindar-se das tristezas precisa também se proteger da alegria. Fugir do sofrimento significa amortecer a felicidade”.

“Relutamos com a consciência de que a todo instante o passado cresce e o futuro diminui.”

Ricardo Gondim